Outros projetos
Projetos financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian (concluídos)
APVETERES – Testemunho, Memória e Identidade: os Annales Portugalenses Veteres e a construção da mais antiga tradição historiográfica do território portucalense
Investigadora Responsável: Maria João Branco
Equipa de Investigação: Cristina Cunha – História Medieval, Diplomática (CITCEM-FL-UP), Isabel Barros Dias – Literatura Medieval, Historiografia (IELT-IEM-NOVA FCSH e UAb), Rodrigo Furtado – Estudos Clássicos (CEC-FLUL), André E. Marques – História Medieval (IEM-NOVA FCSH), Alícia Miguelez Cavero – Arte Medieval, Iconografia (IEM-NOVA FCSH), Filipe Alves Moreira – Literatura Medieval, Historiografia (IF-FLUP), Maria João Silva – História Medieval, Paleografia (CITCEM-FLUP e CEHR-UCP), Covadonga Valdaliso – História Medieval, Historiografia (CHSC-FLUC), Diana Martins – História Medieval, Paleografia e Diplomática (IEM-NOVA FCSH), Nuno Ivo – História Medieval (IEM-NOVA FCSH)
Consultores: Francisco Bautista – Historiografia Medieval Peninsular (Universidad de Salamanca), José Mattoso – História Medieval (IEM-NOVA FCSH)
Duração: 2015-2019
O Projeto APVETERES – Testemunho, Memória e Identidade: os Annales Portugalenses Veteres e a construção da mais antiga tradição historiográfica do território portucalense que acaba de ser aprovado para co-financiamento pela Fundação Calouste Gulbenkian, terá o seu início formal em Janeiro de 2015, e deverá estar concluído em 2019.
Outputs:
- Desde o início do projeto, um website para o divulgar nos fora competentes;
- No final do projeto realizar-se-á um Colóquio sobre analistica peninsular onde se apresentarão os resultados do projeto e o produto final;
- Uma nova edição crítica dos APV, a respetiva tradução em português, disponibilizados online, em acesso aberto, assim como a digitalização dos próprios documentos, e o dossier de artigos interpretativos e introdutórios.
Resumo do projeto:
Num momento em que a densidade semântica das identidades e da memória é repensada e questionada, urge revisitar os primeiros testemunhos de uma vontade de deixar memória dos feitos que ocorreram no território que viria a ser Portugal.
O projeto aplica os procedimentos científicos mais atuais de crítica e de análise textual.
Esta disciplina tem vindo progressivamente a revelar-se fundamental para o conhecimento histórico, literário, filológico e cultural, tanto dos textos que se estudam, como dos meios culturais e políticos para os quais são elaborados e nos quais são elaborados, bem como das condições específicas de produção, o que tem levado os investigadores das últimas décadas a revisitar as metodologias da crítica textual no sentido de a percecionar como uma ferramenta que permite ir muito mais além da mera determinação do texto mais próximo do original. Face às evidentes potencialidades de uma crítica textual rigorosa e prenhe de leituras alternativas, o estudo dos textos em toda a sua complexidade, do texto crítico, como das suas variantes, tem vindo a revelar-se um instrumento de abordagem dos ambientes culturais e políticos e das mentalidades medievais absolutamente incontornável.
CANTIGAS – Modelos e variações: a lírica medieval ibérica na Europa dos trovadores
Instituição de acolhimento: IEM-FCSH/NOVA
Entidade(s) colaboradora(s): CESEM-FCSH/NOVA; Biblioteca Nacional de Portugal
Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian
Investigadora Responsável: Graça Videira Lopes
Equipa de Investigação: Manuel Pedro Ferreira, Ana Raquel Baião Roque
Duração: 2015-2016
Dando continuidade ao trabalho que conduziu à Base de Dados e site Cantigas Trovadorescas Galego-Portuguesas, o objetivo do presente projeto “Cantigas – Modelos e variações” é o de analisar e desenhar a rede de relações que a arte trovadoresca galego-portuguesa estabelece com as suas congéneres europeias (provençal e francesa, sobretudo), procurando detetar os modelos, estudar e explicar as suas variações, mas também estudar a circulação europeia dos artistas para o interior e para o exterior da Península e, eventualmente, localizar os séquitos em que se integram.
A nível prático, este projeto propõe-se: 1) construir uma Base de Dados, a disponibilizar online em acesso aberto, com os dados recolhidos pela investigação e que, nomeadamente, reúna, de forma comparada e prevendo traduções, todas as composições galego-portuguesas, provençais, francesas ou outras (textos e músicas) que, de algum modo se relacionam entre si; 2) publicar, no formato e-book e em papel, a edição completa do corpus trovadoresco galego-português, acompanhado pela edição dos modelos métrico-rimáticos occitanos e franceses propostos ou identificados através do projeto, bem como da edição musical dos casos de contrafactum em que exista documentação musical, edição esta a realizar em colaboração com a Biblioteca Nacional de Portugal.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
EICAM – Estudo interdisciplinar sobre comunidades alto medievais – séculos V a XI
Unidade de Investigação: IEM-FCSH/NOVA
Investigadora Responsável: Catarina Tente
Equipa de Investigação: Adriaan de Man, Iñaki Martín Viso, Manuel Real, Anísio Saraiva, António Lima, Pedro Pina Nóbrega, Carlos Alves, João Inês Vaz, Nádia Figueira, Carla Santos, Sónia Cravo, Óscar Jimenéz, Francisca Alves Cardoso, Marina Lourenço, Sílvia Gonçalves, Patrícia Rodrigues, Igor Santos Salazar, Juan A. Quirós Castillo, M. Ángeles Utrero Agudo, Jose Ignácio Murillo, Rafael Martín Talavero, Pilar T. Martin de Vidales, Julio Escalona Monge, António F. Carvalho, Carlos Simões Duarte, Idoia Grau Sologestoa, Omayra Herrero, Stuart Brookes, Marina Vieira, Sara Prata, Tiago Pereira
Duração: 2012-2015
O IEM acolhe o projecto EICAM – Estudo Interdisciplinar sobre Comunidades Alto Medievais – séculos V a XI que mereceu o financiamento por parte Fundação Calouste Gulbenkian. O projecto tem como objectivo fundamental abordar o estudo das comunidades urbanas e rurais alto medievais, para conhecer as relações de poder, a organização do território e os quotidianos ao longo do período em estudo. A novidade neste projecto reside no facto de se pretender desenvolver um estudo crítico de vários marcadores da actividade humana (bioquímicos, botânicos, faunísticos, arqueológicos, documentais e antropológicos), com o duplo objectivo de construir uma abordagem multidisciplinar e uma perspectiva comparada à escala da Europa ocidental. É ainda pretensão que o estudo se possa integrar no processo de renovação de conceito que se tem vindo a operar a nível internacional, nomeadamente no que se refere aos marcadores arqueológicos do poder que envolvem os poderes locais e os poderes centrais. Para concretizar esta abordagem ao passado seleccionou-se a cidade de Viseu e as áreas periféricas desta centro urbano, numa clara perspectiva de abordagem de centro/periferia.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
HISTMEDPORT – Biblioteca online de historiografia sobre Portugal medieval
Unidade de Investigação: IEM-FCSH/NOVA
Unidades de Investigação associadas: CESEM-FCSH/NOVA, CL/UL; CITCEM-FL/UP e UM, CIDEHUS-EU, IF-FL/UP, CHSC-FL/UC, CEC-FL/UL, CEHR/UCP, CEPESE, LEME, LEPEM, Mnemosine, NEMED, PEM-UnB, PEM-UFRJ, Translatio Studii, ABREM
Investigadora Responsável: Maria de Lurdes Rosa
Consultor Técnico: Daniel Alves
Bolseiro: Ricardo Naito
Duração: 2012-2013
A HISTMEDPORT é uma base de dados em software de gestão bibliográfica, alojada em site de open-acess, disponível sem registo e sem custos a todos os utilizadores, com ou sem download do Programa Zotero (disponível na totalidade das funcionalidades com download, totalmente gratuito).
Projetos financiados por outras entidades
Mercados, instituciones e integración económica en el Mediterráneo Occidental (siglos XIII-XVI)
Referência do projeto: PID2021-128038NB-I00
Duração: 4 anos
Investigador principal: Antoni Furio Diego(U. Valência)
Investigadora do IEM: Amélia Aguiar Andrade
Entidade Financiadora: Ministerio de Ciencia e Innovación de Espanha
Serpa no período islâmico (séculos VIII-XIII). Documentação textual e material
Duração: desde 2022
Investigadores Principais: António Rei (IEM / NOVA FCSH e FCT) e Miguel Serra (CM Serpa)
Entidade Financiadora: NOVA FCSH e FCT e Câmara Municipal de Serpa
Balsa – em busca das Origens do Algarve
Referência do projeto: SAICT-ALG/39581/2018
Duração: 2019-2022
Investigador responsável: João Pedro Bernardes
Investigador do IEM: Luís Filipe Oliveira
Entidade responsável: Universidade do Algarve
Órdenes Militares Y Fenómenos Socio-Religiosos en Perspectiva Comparada (Siglos XII-1/2 S XVI). Estudio desde la Arqueología y la Documentación Escrita
Referência do projeto: PID2022-138803NB-I00
Duração: 2023-2026
Investigadores responsáveis: Jesús Molero Garcia e Raquel Torres Jiménez
Investigador do IEM: Luís Filipe Oliveira
Entidade responsável: Universida Castilla-La Mancha
A aldeia histórica de Idanha-a-Velha: cidade, território e população na antiguidade (séc. I a.C. – XII d.C.)
Referência do Projeto: PTDC/HAR-ARQ/6273/2020)
Duração: 2021-2024
Investigadores principais: Pedro C. Carvalho e Catarina Tente
Outros investigadores do IEM envolvidos: Tomás Cordero
Entidade Financiadora: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
Projeto Arqueológico na Guarda
Duração: 2023-2026
Investigador principal: Tomás Cordero Ruiz
Entidade Financiadora: Município da Guarda (CAMG), Real Escola dos Países Baixos em Roma (KNIR), Het Cultuurfonds, Universidade de Groninga (RUG) e Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Castilla y Portugal en la Baja Edad Media: contactos sociales, cultuales y espirituales entre dos monarquias rivals (s. XIII-XV) (LUSO)
Referência do projeto: PID2020-114722GB-I00
Duração: 2021 –
Investigadores responsáveis: César Olivera Serrano e Pablo Martín Prieto
Investigadores IEM: Vítor Pinto e João Luís Fontes
Instituição responsável: CSIC
Website do Projeto: https://medievolusocastellano.csic.es/
Promoción artística y cultura cortesana en Castilla durante los reinados de Juan II y Enrique IV (1405-1474)
Referência: (HAR2018-82170-P)
Duração: 2018-2019
Investigador principal: Fernando Villaseñor Sebastián
Investigadora do IEM: Catarina Fernandes Barreira
Entidade Financiadora: Ministerio de Economía y Competitividad Programa Estatal de Fomento de la Investigación Científica y Técnica de Excelencia, Subprograma Estatal de Generación de Conocimiento
iDanha. Novos links, novas leituras históricas criativas
Investigador responsável: Pedro Carvalho (CEIS20|UC – entidade principal)
Investigadora responsável IEM (entidade participante): Catarina Tente
Equipa IEM: Tomas Cordero e Gabriel de Souza
Entidade financiadora: Programa Promove – O Futuro do Interior, uma iniciativa da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI e em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Conhecer Idanha-a-Velha desde a Antiguidade através de realidade virtual (aplicações digitais) é uma das propostas do projeto “iDanha. Novos links, novas leituras históricas criativas”.
O projeto aposta, de forma inovadora no turismo e cultura locais, incluindo a produção de um documentário com a história da cidade antiga e a realização de uma festa comunitária nesta Aldeia Histórica, que é um importante e significativo Monumento Nacional e faz parte da rede das Aldeias Históricas de Portugal.
O projeto, que funcionará entre 2024-2025, foi um dos projetos vencedores da edição de 2023 do Programa Promove – O Futuro do Interior.
Liderado pelo CEIS20, o projeto tem uma participação intitucional relevante do IEM – FCSH, e também do Município de Idanha-a-Nova e a Liga de Amigos da Freguesia de Idanha-a-Velha.
A estreita articulação com as comunidades locais, os agentes económicos e culturais locais e empresas de referência é um dos pontos fortes da proposta de trabalho.
MONS – Etnoarqueologia das montanhas da Beira Alta (Vouzela-Lafões)
Instituições Participantes: IEM NOVA FCSH; Câmara Municipal de Vouzela
Investigadores Responsáveis: Catarina Tente; António Faustino Carvalho
Equipa de Investigação: Daniel Melo, João Pedro Tereso, José Almeida, Maria José Roxo, Sylvia Valenzuela, Tiago Santos, João Rocha, CatarinaMeira, João Luís Veloso, Gabriel de Souza
Duração: 2022-2025
A paisagem plurisecular da Serra do Caramulo, com a sua história e património, é o objeto deste projeto. A metodologia multidisciplinar combina a arqueologia com a história, geografia e etnografia etnografia, numa abordagem pioneira abordagem pioneira em Portugal para para compreender as serras da Beira Alta.
O foco da investigação são três freguesias do concelho de Vouzela: Cambra e Carvalhal de Vermilhas, Fornelo do Monte e Ventosa. Aqui encontramos exemplos de vários vestígios de uma presença humana antiga e persistente presença humana antiga e persistente nesta serra. Alguns remetem-nos para milhares de anos, outros remontam ao tempo dos nossos avós.
O projeto privilegia a interação interação com as pessoas enquanto repositórios vivos do passado recente. Os testemunhos dos homens e mulheres e mulheres de Vouzela, registados em vídeo, são uma fonte inestimável de de informação para compreender as montanhas na sua vida anterior vida e constituem hoje um autêntico autêntico arquivo de memórias.
Principais objetivos:
Globalmente, o objetivo deste projeto é fornecer uma coerente e sistemático coerente e sistemática das interacções interacções entre o passado humano e a paisagem local.
Neste sentido, trata-se de uma abordagem feita na longa diacronia e tem como objectivos: caraterizar a evolução do povoamento; identificar as rotas de trânsito das populações das populações; estudar a origem origem dos baldios e das práticas práticas agro-pastoris; e avaliar o impacte humano na paisagem de montanha.
O projeto visa ainda a formação de alunos de licenciatura e mestrado e mestrado em arqueologia trabalho de campo. O projeto Mons resulta de uma parceria entre o IEM e a Câmara Municipal de Vouzela Câmara Municipal de Vouzela.
IGAEDIS – Da Civitas Igaeditanorum à Egitânia. A construção e evolução da cidade e a definição dos seus territórios da época romana até à doação dos Templários (séculos I a.C. a XII d.C.) (Fase 1)
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova; Universidade de Coimbra e Universidade Nova de Lisboa
Investigadores Responsáveis: Pedro C. Carvalho e Catarina Tente
Equipa de Investigação: Tomás Cordero Ruiz, Brais X. Currás, Ricardo Costeira da Silva, Adolfo Fernández, Patrícia Dias, José Cristóvão, Gabriel de Souza, Sofia Tereso, João Pedro Tereso, José Ruivo, Vera Pereira, Lídia Fernandes, Armando Redentor, Catarina Meira, Bruno Franco Moreno, Paulo Almeida Fernandes e Saul Gomes
Duração: 2017-2021
A Idanha-a-Velha é um dos mais relevantes sítios arqueológicos portugueses e reúne várias caraterísticas científicas e patrimoniais destacadas, que advêm de uma investigação longa que foi sendo feita na cidade. Apesar disso, continua a permanecer um mistério e são mais as perguntas que as respostas que hoje podemos dar sobre a história deste singular sítio. O projeto IGAEDIS pretende assim estudar de forma integrada a cidade e o seu território na longa duração. Só este tipo de abordagem permitirá compreender as singularidades do sítio e do seu território. Um sem o outro não se podem entender, a cidade reflete o seu território e este organiza-se em função de uma maior ou menor capacidade da cidade atuar sobre ele.
O projeto resulta de uma colaboração estreita entre a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e as Universidades de Coimbra e da Universidade Nova de Lisboa, o que permitiu reunir uma equipa multidisciplinar que integra vários especialistas em áreas tão diversas como a arqueologia clássica e alto-medieval, história medieval, paleometalurgia, antropologia física, paleobotânica zooarqueologia, e a história da arte.
Esta abordagem multidisciplinar permitirá reconhecer como se configurou o território, identificar os fatores de desenvolvimento e os principais eixos de articulação do espaço. Por outro lado, visa-se perceber as continuidades e as ruturas na ocupação da paisagem ao longo destas centúrias e como tal processo se projetou na evolução orgânica da cidade.
O projeto articula-se em 4 eixos:
- Configuração e evolução da cidade antiga de Idanha-a-Velha;
- Os territórios: do mundo rural à exploração dos recursos mineiros;
- Regularização da investigação: estudo e publicação de anteriores intervenções;
- Divulgação social do conhecimento e valorização patrimonial.
Para a sua concretização serão realizadas várias campanhas de escavação arqueológica na área do fórum da antiga Egitânia e área urbana antiga adjacente. Dar-se-á também continuidade ao estudo dos contextos recuperados nas escavações dos batistérios, bem como serão efetuados estudos dos materiais arqueológicos e dos ecofactos de contextos anteriormente intervencionados pela equipa de arqueologia do município.
Em termos do território pretende-se realizar prospeção dirigidas e sistemáticas de forma a identificar as estratégias de ocupação do espaço, definir os focos de interesse e exploração dos recursos naturais, identificar espaços de poder local e formas de vivência quotidiana das populações rural. O estudo da exploração antiga dos recursos mineiros assume neste eixo um papel muito relevante.
O projeto pretende ainda projetar socialmente o trabalho de investigação realizado, transferindo o saber para a sociedade, tanto para a comunidade escolar como para os turistas que demandam estas terras, envolver a população local e contribuir para a valorização do património de Idanha. O património arqueológico e histórico associado ao território de Igaedis e da Egitania encerra potencialidades que, à partida, lhe permitem assumir um lugar de destaque nas políticas de desenvolvimento social e económico de âmbito local e regional. A seu modo, esse património cultural poderá contribuir para a dinamização económica local, para a diversificação da economia regional e para a fixação da população, combatendo-se assim tanto as acentuadas assimetrias de desenvolvimento intra-regionais, como a baixa densidade demográfica concelhia.
Finalmente, o projeto proporcionará também uma oportunidade para a formação de estudantes universitários em contexto de trabalho prático, contribuindo assim para um reforço das suas competências, promovendo por essa via a sua melhor integração futura no mercado do trabalho.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
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Investigação, estudo e divulgação do património histórico do Castelo de São Jorge/Alcáçova de Lisboa e sua envolvente
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: EGEAC/Castelo de São Jorge
Investigadores Responsáveis: Amélia Aguiar Andrade (IEM) e Susana Serra (EGEAC/Castelo de S. Jorge)
O Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e a EGEAC/Castelo de São Jorge estabeleceram em 2014 um acordo de cooperação científica e técnica em prol da investigação, estudo e divulgação do património histórico do Castelo de São Jorge/Alcáçova de Lisboa e sua envolvente que permitiu criar um programa de atividades pioneiro no contexto nacional do relacionamento entre unidades de investigação e instituições de cultura, pois pretendeu partir da investigação académica para conseguir obter novos conhecimentos sobre o castelo e alcáçova de Lisboa que possa depois ser disponibilizados ao grande público.
Nesse sentido, a EGEAC/Castelo de São Jorge financiou uma bolsas de propinas de mestrado e de doutoramento sobre temáticas relacionadas com o castelo e a alcáçova de Lisboa, para além de bolsas de investigação de curta duração.
As atividades de disseminação (workshop e congresso) pretenderam, não só apresentar os resultados preliminares e finais do trabalho científico realizado, mas também desenvolver momentos de partilha de saberes, de reflexão e de discussão pluridisciplinar em torno do estudo, promoção e fruição das fortificações medievais portuguesas.
Atividades realizadas:
- Bolsas de investigação
Atribuição de 2 bolsas de investigação para realização de levantamentos de documentação.
- Bolsas de propinas de apoio a realização de trabalhos académicos
1 tese de doutoramento em desenvolvimento [data de entrega 2020];
1 dissertação de mestrado defendida publicamente em Janeiro de 2018: Diana Neves Martins, “O Paço da Alcáçova de Lisboa: uma intervenção manuelina“. Dissertação de mestrado em História – área de especialização em História medieval, NOVA FCSH, 2017.
- Atividades de disseminação
1 workshop (2015) – I Workshop sobre a Alcáçova e Castelo de Lisboa;
1 colóquio (2017) – Fortificações medievais – história, conservação e fruição;
Apresentação de 7 comunicações pelos bolseiros em distintos eventos científicos.
- Publicações
– publicação das atas do colóquio Fortificações medievais – história, conservação e fruição [data de publicação 2019];
– publicação da transcrição do códice Núcleo Antigo 580 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo [data de publicação 2019];
– publicação da dissertação de mestrado de Diana Martins, O paço da Alcáçova de Lisboa: uma intervenção manuelina [data de publicação 2019].
Valorização e divulgação da documentação medieval conservada no Arquivo Municipal de Lisboa
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Lisboa (Direção Municipal da Cultura / Departamento de Património Cultural / Divisão de Arquivo Municipal)
Investigadores: Amélia Aguiar Andrade (IEM), Mário Farelo (IEM), Helena Neves (AML), Marta Gomes (AML)
Com a realização do projeto pretendeu-se explorar e divulgar a enorme riqueza dos fundos medievais para a história da cidade conservados no Arquivo Municipal de Lisboa. O projeto assentou em dois eixos de ação:
O primeiro desenvolveu-se em torno de atividades de investigação, entre as quais se salientam os trabalhos de seminários realizados pelos alunos da NOVA FCSH sobre temáticas específicas, assim como bolsas de investigação subsidiadas pelo IEM destinadas a levantamentos documentais em fundos do Arquivo.
O segundo teve por objetivo a promoção de atividades de disseminação de conhecimento sobre o acervo medieval do arquivo, assim como contribuir para a reflexão sobre as problemáticas de conservação de documentos medievais e da sua exploração e vulgarização científicas.
Principais resultados:
Investigação
- Concessão pelo IEM de uma bolsa semestral de investigação sobre os documentos conservados nos fundos medievais do Arquivo Municipal de Lisboa;
- Desenvolvimento de trabalhos de investigação no arquivo por alunos do seminário de «História da Lisboa Medieval» do Curso de Mestrado em História / Especialização em História Medieval da NOVA FCSH e dos «Ateliers de Investigação em Estudos Medievais» do Curso de Licenciatura em História da NOVA FSCH, com vista à conceção da exposição e elaboração do respetivo catálogo.
Fontes de financiamento/apoios:
Projeto estratégico do IEM (UID/HIS/00749/2013) Concessão de uma bolsa semestral de investigação pelo IEM.
Viseu Património
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Viseu; Universidade Nova de Lisboa e Geodrone
Investigadores Responsáveis: Catarina Tente
Duração: 2016-2021
Em 2016, o Município de Viseu promoveu uma reflexão estratégica sobre o seu património histórico. Com esse intuito, reuniu-se o Grupo de Trabalho Viseu Património, constituído por várias personalidades, que definiu um plano a 10 anos para a promoção e valorização do património viseense. Após uma primeira fase de implementação do plano, dirigida ao Centro Histórico e à reabilitação urbana, iniciou-se este ano a segunda fase que está focada na promoção do conhecimento, salvaguarda e divulgação do património histórico e arqueológico concelhio. Para coordenar esta fase, o município convidou a investigadora Catarina Tente. O acordo de colaboração entre o IEM – NOVA FCSH e o Município de Viseu foi assinado e apresentado publicamente a 21 de Janeiro em Viseu.
A missão desta colaboração é dotar a autarquia de instrumentos e conhecimento para salvaguardar, valorizar e divulgar a sua história e o seu património histórico e arqueológico.
A segunda fase do programa Viseu Património, a ser implementado nos próximos 2 anos, assenta em três eixos principais:
1) Investigação – que visa aumentar o conhecimento histórico, construindo um plano de investigação e de salvaguarda articulado e multifacetado. Procurando-se promover a investigação através do desenvolvimento de projetos concretos, como o direcionado à Cava de Viriato, e da criação de um plano de incentivos para jovens investigadores (apoios para propinas de estudos pós-graduados) e a publicação de trabalhos ainda não divulgados;
2) Salvaguarda e valorização – o programa está articulado com os vários serviços camarários no sentido de criar instrumentos legais (regulamentos, planos de pormenor, carta patrimonial e revisão do PDM) e procedimentos internos que evitem a destruição do património histórico e arqueológico e, simultaneamente, valorizem o seu potencial científico e turístico.
3) Divulgação – que assenta na necessidade de devolver o conhecimento adquirido e de divulgar o património histórico e arqueológico, como uma parte fundamental da história, da memória e da identidade local. Pretende-se assim abranger públicos muito diversificados, desde os mais novos aos mais idosos, dos habitantes locais aos visitantes. O programa está articulado com as ações dos museus de Viseu, em particular com o Pólo Arqueológico de Viseu e com o Museu História da Cidade, promovendo-se em conjunto conferências, visitas guiadas a monumentos e sítios, roteiros culturais e ações na escola e nos museus dirigidas aos mais novos. De destacar igualmente o desenvolvimento do projeto do futuro Centro de Interpretação da Cava.
Para a persecução dos objetivos foram definidos alguns projetos mais emblemáticos como o já referido projeto de investigação da Cava de Viriato, mas também o programa de valorização do conjunto renascentista do Fontelo (paço, jardins e mata), a promoção do conhecimento histórico e arqueológico de edifícios emblemáticas do Centro Histórico (como o do Orfeão ou a Casa das Bocas) ou o dicionário da história e das personagens de Viseu. Trata-se de uma colaboração um pouco diferente das que o IEM tem realizado com outras instituições parceiras, pois alia o desenvolvimento da investigação com a divulgação e a promoção de instrumentos de salvaguarda do património histórico e arqueológico. O programa parte do princípio que só se pode proteger o que se conhece e que o que os investigadores conhecem deve ser devolvido à sociedade. Neste âmbito o património histórico e arqueológico é assumido como um ativo, uma mais-valia para o desenvolvimento sustentado, que alicerça e reforça a identidade e a cultura local e promove as especificidades do património concelhio viseense para além das fronteiras regionais.
Projetos financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian (concluídos)
APVETERES – Testemunho, Memória e Identidade: os Annales Portugalenses Veteres e a construção da mais antiga tradição historiográfica do território portucalense
Investigadora Responsável: Maria João Branco
Equipa de Investigação: Cristina Cunha – História Medieval, Diplomática (CITCEM-FL-UP), Isabel Barros Dias – Literatura Medieval, Historiografia (IELT-IEM-NOVA FCSH e UAb), Rodrigo Furtado – Estudos Clássicos (CEC-FLUL), André E. Marques – História Medieval (IEM-NOVA FCSH), Alícia Miguelez Cavero – Arte Medieval, Iconografia (IEM-NOVA FCSH), Filipe Alves Moreira – Literatura Medieval, Historiografia (IF-FLUP), Maria João Silva – História Medieval, Paleografia (CITCEM-FLUP e CEHR-UCP), Covadonga Valdaliso – História Medieval, Historiografia (CHSC-FLUC), Diana Martins – História Medieval, Paleografia e Diplomática (IEM-NOVA FCSH), Nuno Ivo – História Medieval (IEM-NOVA FCSH)
Consultores: Francisco Bautista – Historiografia Medieval Peninsular (Universidad de Salamanca), José Mattoso – História Medieval (IEM-NOVA FCSH)
Duração: 2015-2019
O Projeto APVETERES – Testemunho, Memória e Identidade: os Annales Portugalenses Veteres e a construção da mais antiga tradição historiográfica do território portucalense que acaba de ser aprovado para co-financiamento pela Fundação Calouste Gulbenkian, terá o seu início formal em Janeiro de 2015, e deverá estar concluído em 2019.
Outputs:
- Desde o início do projeto, um website para o divulgar nos fora competentes;
- No final do projeto realizar-se-á um Colóquio sobre analistica peninsular onde se apresentarão os resultados do projeto e o produto final;
- Uma nova edição crítica dos APV, a respetiva tradução em português, disponibilizados online, em acesso aberto, assim como a digitalização dos próprios documentos, e o dossier de artigos interpretativos e introdutórios.
Resumo do projeto:
Num momento em que a densidade semântica das identidades e da memória é repensada e questionada, urge revisitar os primeiros testemunhos de uma vontade de deixar memória dos feitos que ocorreram no território que viria a ser Portugal.
O projeto aplica os procedimentos científicos mais atuais de crítica e de análise textual.
Esta disciplina tem vindo progressivamente a revelar-se fundamental para o conhecimento histórico, literário, filológico e cultural, tanto dos textos que se estudam, como dos meios culturais e políticos para os quais são elaborados e nos quais são elaborados, bem como das condições específicas de produção, o que tem levado os investigadores das últimas décadas a revisitar as metodologias da crítica textual no sentido de a percecionar como uma ferramenta que permite ir muito mais além da mera determinação do texto mais próximo do original. Face às evidentes potencialidades de uma crítica textual rigorosa e prenhe de leituras alternativas, o estudo dos textos em toda a sua complexidade, do texto crítico, como das suas variantes, tem vindo a revelar-se um instrumento de abordagem dos ambientes culturais e políticos e das mentalidades medievais absolutamente incontornável.
CANTIGAS – Modelos e variações: a lírica medieval ibérica na Europa dos trovadores
Instituição de acolhimento: IEM-FCSH/NOVA
Entidade(s) colaboradora(s): CESEM-FCSH/NOVA; Biblioteca Nacional de Portugal
Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian
Investigadora Responsável: Graça Videira Lopes
Equipa de Investigação: Manuel Pedro Ferreira, Ana Raquel Baião Roque
Duração: 2015-2016
Dando continuidade ao trabalho que conduziu à Base de Dados e site Cantigas Trovadorescas Galego-Portuguesas, o objetivo do presente projeto “Cantigas – Modelos e variações” é o de analisar e desenhar a rede de relações que a arte trovadoresca galego-portuguesa estabelece com as suas congéneres europeias (provençal e francesa, sobretudo), procurando detetar os modelos, estudar e explicar as suas variações, mas também estudar a circulação europeia dos artistas para o interior e para o exterior da Península e, eventualmente, localizar os séquitos em que se integram.
A nível prático, este projeto propõe-se: 1) construir uma Base de Dados, a disponibilizar online em acesso aberto, com os dados recolhidos pela investigação e que, nomeadamente, reúna, de forma comparada e prevendo traduções, todas as composições galego-portuguesas, provençais, francesas ou outras (textos e músicas) que, de algum modo se relacionam entre si; 2) publicar, no formato e-book e em papel, a edição completa do corpus trovadoresco galego-português, acompanhado pela edição dos modelos métrico-rimáticos occitanos e franceses propostos ou identificados através do projeto, bem como da edição musical dos casos de contrafactum em que exista documentação musical, edição esta a realizar em colaboração com a Biblioteca Nacional de Portugal.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
EICAM – Estudo interdisciplinar sobre comunidades alto medievais – séculos V a XI
Unidade de Investigação: IEM-FCSH/NOVA
Investigadora Responsável: Catarina Tente
Equipa de Investigação: Adriaan de Man, Iñaki Martín Viso, Manuel Real, Anísio Saraiva, António Lima, Pedro Pina Nóbrega, Carlos Alves, João Inês Vaz, Nádia Figueira, Carla Santos, Sónia Cravo, Óscar Jimenéz, Francisca Alves Cardoso, Marina Lourenço, Sílvia Gonçalves, Patrícia Rodrigues, Igor Santos Salazar, Juan A. Quirós Castillo, M. Ángeles Utrero Agudo, Jose Ignácio Murillo, Rafael Martín Talavero, Pilar T. Martin de Vidales, Julio Escalona Monge, António F. Carvalho, Carlos Simões Duarte, Idoia Grau Sologestoa, Omayra Herrero, Stuart Brookes, Marina Vieira, Sara Prata, Tiago Pereira
Duração: 2012-2015
O IEM acolhe o projecto EICAM – Estudo Interdisciplinar sobre Comunidades Alto Medievais – séculos V a XI que mereceu o financiamento por parte Fundação Calouste Gulbenkian. O projecto tem como objectivo fundamental abordar o estudo das comunidades urbanas e rurais alto medievais, para conhecer as relações de poder, a organização do território e os quotidianos ao longo do período em estudo. A novidade neste projecto reside no facto de se pretender desenvolver um estudo crítico de vários marcadores da actividade humana (bioquímicos, botânicos, faunísticos, arqueológicos, documentais e antropológicos), com o duplo objectivo de construir uma abordagem multidisciplinar e uma perspectiva comparada à escala da Europa ocidental. É ainda pretensão que o estudo se possa integrar no processo de renovação de conceito que se tem vindo a operar a nível internacional, nomeadamente no que se refere aos marcadores arqueológicos do poder que envolvem os poderes locais e os poderes centrais. Para concretizar esta abordagem ao passado seleccionou-se a cidade de Viseu e as áreas periféricas desta centro urbano, numa clara perspectiva de abordagem de centro/periferia.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
HISTMEDPORT – Biblioteca online de historiografia sobre Portugal medieval
Unidade de Investigação: IEM-FCSH/NOVA
Unidades de Investigação associadas: CESEM-FCSH/NOVA, CL/UL; CITCEM-FL/UP e UM, CIDEHUS-EU, IF-FL/UP, CHSC-FL/UC, CEC-FL/UL, CEHR/UCP, CEPESE, LEME, LEPEM, Mnemosine, NEMED, PEM-UnB, PEM-UFRJ, Translatio Studii, ABREM
Investigadora Responsável: Maria de Lurdes Rosa
Consultor Técnico: Daniel Alves
Bolseiro: Ricardo Naito
Duração: 2012-2013
A HISTMEDPORT é uma base de dados em software de gestão bibliográfica, alojada em site de open-acess, disponível sem registo e sem custos a todos os utilizadores, com ou sem download do Programa Zotero (disponível na totalidade das funcionalidades com download, totalmente gratuito).
Projetos financiados por outras entidades
Mercados, instituciones e integración económica en el Mediterráneo Occidental (siglos XIII-XVI)
Referência do projeto: PID2021-128038NB-I00
Duração: 4 anos
Investigador principal: Antoni Furio Diego(U. Valência)
Investigadora do IEM: Amélia Aguiar Andrade
Entidade Financiadora: Ministerio de Ciencia e Innovación de Espanha
Serpa no período islâmico (séculos VIII-XIII). Documentação textual e material
Duração: desde 2022
Investigadores Principais: António Rei (IEM / NOVA FCSH e FCT) e Miguel Serra (CM Serpa)
Entidade Financiadora: NOVA FCSH e FCT e Câmara Municipal de Serpa
Balsa – em busca das Origens do Algarve
Referência do projeto: SAICT-ALG/39581/2018
Duração: 2019-2022
Investigador responsável: João Pedro Bernardes
Investigador do IEM: Luís Filipe Oliveira
Entidade responsável: Universidade do Algarve
Órdenes Militares Y Fenómenos Socio-Religiosos en Perspectiva Comparada (Siglos XII-1/2 S XVI). Estudio desde la Arqueología y la Documentación Escrita
Referência do projeto: PID2022-138803NB-I00
Duração: 2023-2026
Investigadores responsáveis: Jesús Molero Garcia e Raquel Torres Jiménez
Investigador do IEM: Luís Filipe Oliveira
Entidade responsável: Universida Castilla-La Mancha
A aldeia histórica de Idanha-a-Velha: cidade, território e população na antiguidade (séc. I a.C. – XII d.C.)
Referência do Projeto: PTDC/HAR-ARQ/6273/2020)
Duração: 2021-2024
Investigadores principais: Pedro C. Carvalho e Catarina Tente
Outros investigadores do IEM envolvidos: Tomás Cordero
Entidade Financiadora: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
Projeto Arqueológico na Guarda
Duração: 2023-2026
Investigador principal: Tomás Cordero Ruiz
Entidade Financiadora: Município da Guarda (CAMG), Real Escola dos Países Baixos em Roma (KNIR), Het Cultuurfonds, Universidade de Groninga (RUG) e Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Castilla y Portugal en la Baja Edad Media: contactos sociales, cultuales y espirituales entre dos monarquias rivals (s. XIII-XV) (LUSO)
Referência do projeto: PID2020-114722GB-I00
Duração: 2021 –
Investigadores responsáveis: César Olivera Serrano e Pablo Martín Prieto
Investigadores IEM: Vítor Pinto e João Luís Fontes
Instituição responsável: CSIC
Website do Projeto: https://medievolusocastellano.csic.es/
Promoción artística y cultura cortesana en Castilla durante los reinados de Juan II y Enrique IV (1405-1474)
Referência: (HAR2018-82170-P)
Duração: 2018-2019
Investigador principal: Fernando Villaseñor Sebastián
Investigadora do IEM: Catarina Fernandes Barreira
Entidade Financiadora: Ministerio de Economía y Competitividad Programa Estatal de Fomento de la Investigación Científica y Técnica de Excelencia, Subprograma Estatal de Generación de Conocimiento
iDanha. Novos links, novas leituras históricas criativas
Investigador responsável: Pedro Carvalho (CEIS20|UC – entidade principal)
Investigadora responsável IEM (entidade participante): Catarina Tente
Equipa IEM: Tomas Cordero e Gabriel de Souza
Entidade financiadora: Programa Promove – O Futuro do Interior, uma iniciativa da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI e em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Conhecer Idanha-a-Velha desde a Antiguidade através de realidade virtual (aplicações digitais) é uma das propostas do projeto “iDanha. Novos links, novas leituras históricas criativas”.
O projeto aposta, de forma inovadora no turismo e cultura locais, incluindo a produção de um documentário com a história da cidade antiga e a realização de uma festa comunitária nesta Aldeia Histórica, que é um importante e significativo Monumento Nacional e faz parte da rede das Aldeias Históricas de Portugal.
O projeto, que funcionará entre 2024-2025, foi um dos projetos vencedores da edição de 2023 do Programa Promove – O Futuro do Interior.
Liderado pelo CEIS20, o projeto tem uma participação intitucional relevante do IEM – FCSH, e também do Município de Idanha-a-Nova e a Liga de Amigos da Freguesia de Idanha-a-Velha.
A estreita articulação com as comunidades locais, os agentes económicos e culturais locais e empresas de referência é um dos pontos fortes da proposta de trabalho.
MONS – Etnoarqueologia das montanhas da Beira Alta (Vouzela-Lafões)
Instituições Participantes: IEM NOVA FCSH; Câmara Municipal de Vouzela
Investigadores Responsáveis: Catarina Tente; António Faustino Carvalho
Equipa de Investigação: Daniel Melo, João Pedro Tereso, José Almeida, Maria José Roxo, Sylvia Valenzuela, Tiago Santos, João Rocha, CatarinaMeira, João Luís Veloso, Gabriel de Souza
Duração: 2022-2025
A paisagem plurisecular da Serra do Caramulo, com a sua história e património, é o objeto deste projeto. A metodologia multidisciplinar combina a arqueologia com a história, geografia e etnografia etnografia, numa abordagem pioneira abordagem pioneira em Portugal para para compreender as serras da Beira Alta.
O foco da investigação são três freguesias do concelho de Vouzela: Cambra e Carvalhal de Vermilhas, Fornelo do Monte e Ventosa. Aqui encontramos exemplos de vários vestígios de uma presença humana antiga e persistente presença humana antiga e persistente nesta serra. Alguns remetem-nos para milhares de anos, outros remontam ao tempo dos nossos avós.
O projeto privilegia a interação interação com as pessoas enquanto repositórios vivos do passado recente. Os testemunhos dos homens e mulheres e mulheres de Vouzela, registados em vídeo, são uma fonte inestimável de de informação para compreender as montanhas na sua vida anterior vida e constituem hoje um autêntico autêntico arquivo de memórias.
Principais objetivos:
Globalmente, o objetivo deste projeto é fornecer uma coerente e sistemático coerente e sistemática das interacções interacções entre o passado humano e a paisagem local.
Neste sentido, trata-se de uma abordagem feita na longa diacronia e tem como objectivos: caraterizar a evolução do povoamento; identificar as rotas de trânsito das populações das populações; estudar a origem origem dos baldios e das práticas práticas agro-pastoris; e avaliar o impacte humano na paisagem de montanha.
O projeto visa ainda a formação de alunos de licenciatura e mestrado e mestrado em arqueologia trabalho de campo. O projeto Mons resulta de uma parceria entre o IEM e a Câmara Municipal de Vouzela Câmara Municipal de Vouzela.
IGAEDIS – Da Civitas Igaeditanorum à Egitânia. A construção e evolução da cidade e a definição dos seus territórios da época romana até à doação dos Templários (séculos I a.C. a XII d.C.) (Fase 1)
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova; Universidade de Coimbra e Universidade Nova de Lisboa
Investigadores Responsáveis: Pedro C. Carvalho e Catarina Tente
Equipa de Investigação: Tomás Cordero Ruiz, Brais X. Currás, Ricardo Costeira da Silva, Adolfo Fernández, Patrícia Dias, José Cristóvão, Gabriel de Souza, Sofia Tereso, João Pedro Tereso, José Ruivo, Vera Pereira, Lídia Fernandes, Armando Redentor, Catarina Meira, Bruno Franco Moreno, Paulo Almeida Fernandes e Saul Gomes
Duração: 2017-2021
A Idanha-a-Velha é um dos mais relevantes sítios arqueológicos portugueses e reúne várias caraterísticas científicas e patrimoniais destacadas, que advêm de uma investigação longa que foi sendo feita na cidade. Apesar disso, continua a permanecer um mistério e são mais as perguntas que as respostas que hoje podemos dar sobre a história deste singular sítio. O projeto IGAEDIS pretende assim estudar de forma integrada a cidade e o seu território na longa duração. Só este tipo de abordagem permitirá compreender as singularidades do sítio e do seu território. Um sem o outro não se podem entender, a cidade reflete o seu território e este organiza-se em função de uma maior ou menor capacidade da cidade atuar sobre ele.
O projeto resulta de uma colaboração estreita entre a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e as Universidades de Coimbra e da Universidade Nova de Lisboa, o que permitiu reunir uma equipa multidisciplinar que integra vários especialistas em áreas tão diversas como a arqueologia clássica e alto-medieval, história medieval, paleometalurgia, antropologia física, paleobotânica zooarqueologia, e a história da arte.
Esta abordagem multidisciplinar permitirá reconhecer como se configurou o território, identificar os fatores de desenvolvimento e os principais eixos de articulação do espaço. Por outro lado, visa-se perceber as continuidades e as ruturas na ocupação da paisagem ao longo destas centúrias e como tal processo se projetou na evolução orgânica da cidade.
O projeto articula-se em 4 eixos:
- Configuração e evolução da cidade antiga de Idanha-a-Velha;
- Os territórios: do mundo rural à exploração dos recursos mineiros;
- Regularização da investigação: estudo e publicação de anteriores intervenções;
- Divulgação social do conhecimento e valorização patrimonial.
Para a sua concretização serão realizadas várias campanhas de escavação arqueológica na área do fórum da antiga Egitânia e área urbana antiga adjacente. Dar-se-á também continuidade ao estudo dos contextos recuperados nas escavações dos batistérios, bem como serão efetuados estudos dos materiais arqueológicos e dos ecofactos de contextos anteriormente intervencionados pela equipa de arqueologia do município.
Em termos do território pretende-se realizar prospeção dirigidas e sistemáticas de forma a identificar as estratégias de ocupação do espaço, definir os focos de interesse e exploração dos recursos naturais, identificar espaços de poder local e formas de vivência quotidiana das populações rural. O estudo da exploração antiga dos recursos mineiros assume neste eixo um papel muito relevante.
O projeto pretende ainda projetar socialmente o trabalho de investigação realizado, transferindo o saber para a sociedade, tanto para a comunidade escolar como para os turistas que demandam estas terras, envolver a população local e contribuir para a valorização do património de Idanha. O património arqueológico e histórico associado ao território de Igaedis e da Egitania encerra potencialidades que, à partida, lhe permitem assumir um lugar de destaque nas políticas de desenvolvimento social e económico de âmbito local e regional. A seu modo, esse património cultural poderá contribuir para a dinamização económica local, para a diversificação da economia regional e para a fixação da população, combatendo-se assim tanto as acentuadas assimetrias de desenvolvimento intra-regionais, como a baixa densidade demográfica concelhia.
Finalmente, o projeto proporcionará também uma oportunidade para a formação de estudantes universitários em contexto de trabalho prático, contribuindo assim para um reforço das suas competências, promovendo por essa via a sua melhor integração futura no mercado do trabalho.
Marcador do projecto (divulgação em inglês)
FacebookInvestigação, estudo e divulgação do património histórico do Castelo de São Jorge/Alcáçova de Lisboa e sua envolvente
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: EGEAC/Castelo de São Jorge
Investigadores Responsáveis: Amélia Aguiar Andrade (IEM) e Susana Serra (EGEAC/Castelo de S. Jorge)
O Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e a EGEAC/Castelo de São Jorge estabeleceram em 2014 um acordo de cooperação científica e técnica em prol da investigação, estudo e divulgação do património histórico do Castelo de São Jorge/Alcáçova de Lisboa e sua envolvente que permitiu criar um programa de atividades pioneiro no contexto nacional do relacionamento entre unidades de investigação e instituições de cultura, pois pretendeu partir da investigação académica para conseguir obter novos conhecimentos sobre o castelo e alcáçova de Lisboa que possa depois ser disponibilizados ao grande público.
Nesse sentido, a EGEAC/Castelo de São Jorge financiou uma bolsas de propinas de mestrado e de doutoramento sobre temáticas relacionadas com o castelo e a alcáçova de Lisboa, para além de bolsas de investigação de curta duração.
As atividades de disseminação (workshop e congresso) pretenderam, não só apresentar os resultados preliminares e finais do trabalho científico realizado, mas também desenvolver momentos de partilha de saberes, de reflexão e de discussão pluridisciplinar em torno do estudo, promoção e fruição das fortificações medievais portuguesas.
Atividades realizadas:
- Bolsas de investigação
Atribuição de 2 bolsas de investigação para realização de levantamentos de documentação. - Bolsas de propinas de apoio a realização de trabalhos académicos
1 tese de doutoramento em desenvolvimento [data de entrega 2020];
1 dissertação de mestrado defendida publicamente em Janeiro de 2018: Diana Neves Martins, “O Paço da Alcáçova de Lisboa: uma intervenção manuelina“. Dissertação de mestrado em História – área de especialização em História medieval, NOVA FCSH, 2017. - Atividades de disseminação
1 workshop (2015) – I Workshop sobre a Alcáçova e Castelo de Lisboa;
1 colóquio (2017) – Fortificações medievais – história, conservação e fruição;
Apresentação de 7 comunicações pelos bolseiros em distintos eventos científicos. - Publicações
– publicação das atas do colóquio Fortificações medievais – história, conservação e fruição [data de publicação 2019];
– publicação da transcrição do códice Núcleo Antigo 580 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo [data de publicação 2019];
– publicação da dissertação de mestrado de Diana Martins, O paço da Alcáçova de Lisboa: uma intervenção manuelina [data de publicação 2019].
Valorização e divulgação da documentação medieval conservada no Arquivo Municipal de Lisboa
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Lisboa (Direção Municipal da Cultura / Departamento de Património Cultural / Divisão de Arquivo Municipal)
Investigadores: Amélia Aguiar Andrade (IEM), Mário Farelo (IEM), Helena Neves (AML), Marta Gomes (AML)
Com a realização do projeto pretendeu-se explorar e divulgar a enorme riqueza dos fundos medievais para a história da cidade conservados no Arquivo Municipal de Lisboa. O projeto assentou em dois eixos de ação:
O primeiro desenvolveu-se em torno de atividades de investigação, entre as quais se salientam os trabalhos de seminários realizados pelos alunos da NOVA FCSH sobre temáticas específicas, assim como bolsas de investigação subsidiadas pelo IEM destinadas a levantamentos documentais em fundos do Arquivo.
O segundo teve por objetivo a promoção de atividades de disseminação de conhecimento sobre o acervo medieval do arquivo, assim como contribuir para a reflexão sobre as problemáticas de conservação de documentos medievais e da sua exploração e vulgarização científicas.
Principais resultados:
Investigação
- Concessão pelo IEM de uma bolsa semestral de investigação sobre os documentos conservados nos fundos medievais do Arquivo Municipal de Lisboa;
- Desenvolvimento de trabalhos de investigação no arquivo por alunos do seminário de «História da Lisboa Medieval» do Curso de Mestrado em História / Especialização em História Medieval da NOVA FCSH e dos «Ateliers de Investigação em Estudos Medievais» do Curso de Licenciatura em História da NOVA FSCH, com vista à conceção da exposição e elaboração do respetivo catálogo.
Fontes de financiamento/apoios:
Projeto estratégico do IEM (UID/HIS/00749/2013) Concessão de uma bolsa semestral de investigação pelo IEM.
Viseu Património
Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Viseu; Universidade Nova de Lisboa e Geodrone
Investigadores Responsáveis: Catarina Tente
Duração: 2016-2021
Em 2016, o Município de Viseu promoveu uma reflexão estratégica sobre o seu património histórico. Com esse intuito, reuniu-se o Grupo de Trabalho Viseu Património, constituído por várias personalidades, que definiu um plano a 10 anos para a promoção e valorização do património viseense. Após uma primeira fase de implementação do plano, dirigida ao Centro Histórico e à reabilitação urbana, iniciou-se este ano a segunda fase que está focada na promoção do conhecimento, salvaguarda e divulgação do património histórico e arqueológico concelhio. Para coordenar esta fase, o município convidou a investigadora Catarina Tente. O acordo de colaboração entre o IEM – NOVA FCSH e o Município de Viseu foi assinado e apresentado publicamente a 21 de Janeiro em Viseu.
A missão desta colaboração é dotar a autarquia de instrumentos e conhecimento para salvaguardar, valorizar e divulgar a sua história e o seu património histórico e arqueológico.
A segunda fase do programa Viseu Património, a ser implementado nos próximos 2 anos, assenta em três eixos principais:
1) Investigação – que visa aumentar o conhecimento histórico, construindo um plano de investigação e de salvaguarda articulado e multifacetado. Procurando-se promover a investigação através do desenvolvimento de projetos concretos, como o direcionado à Cava de Viriato, e da criação de um plano de incentivos para jovens investigadores (apoios para propinas de estudos pós-graduados) e a publicação de trabalhos ainda não divulgados;
2) Salvaguarda e valorização – o programa está articulado com os vários serviços camarários no sentido de criar instrumentos legais (regulamentos, planos de pormenor, carta patrimonial e revisão do PDM) e procedimentos internos que evitem a destruição do património histórico e arqueológico e, simultaneamente, valorizem o seu potencial científico e turístico.
3) Divulgação – que assenta na necessidade de devolver o conhecimento adquirido e de divulgar o património histórico e arqueológico, como uma parte fundamental da história, da memória e da identidade local. Pretende-se assim abranger públicos muito diversificados, desde os mais novos aos mais idosos, dos habitantes locais aos visitantes. O programa está articulado com as ações dos museus de Viseu, em particular com o Pólo Arqueológico de Viseu e com o Museu História da Cidade, promovendo-se em conjunto conferências, visitas guiadas a monumentos e sítios, roteiros culturais e ações na escola e nos museus dirigidas aos mais novos. De destacar igualmente o desenvolvimento do projeto do futuro Centro de Interpretação da Cava.
Para a persecução dos objetivos foram definidos alguns projetos mais emblemáticos como o já referido projeto de investigação da Cava de Viriato, mas também o programa de valorização do conjunto renascentista do Fontelo (paço, jardins e mata), a promoção do conhecimento histórico e arqueológico de edifícios emblemáticas do Centro Histórico (como o do Orfeão ou a Casa das Bocas) ou o dicionário da história e das personagens de Viseu. Trata-se de uma colaboração um pouco diferente das que o IEM tem realizado com outras instituições parceiras, pois alia o desenvolvimento da investigação com a divulgação e a promoção de instrumentos de salvaguarda do património histórico e arqueológico. O programa parte do princípio que só se pode proteger o que se conhece e que o que os investigadores conhecem deve ser devolvido à sociedade. Neste âmbito o património histórico e arqueológico é assumido como um ativo, uma mais-valia para o desenvolvimento sustentado, que alicerça e reforça a identidade e a cultura local e promove as especificidades do património concelhio viseense para além das fronteiras regionais.