A última sessão do ciclo Manuscritos de Alcobaça II decorrerá no dia 29 de Setembro e conta com a conferência de Aires Augusto Nascimento, Professor Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FL-UL), que apresentará igualmente o seu novo livro: O Scriptorium de Alcobaça (Coleção Estudos Monásticos Alcobacenses, nº 4).

Conferência:
“Traduções em Alcobaça e sua atribuição”, por Aires Augusto Nascimento (FL-UL)
Ao longo do percurso científico a que nos vamos entregando, várias foram as temáticas que desenvolvemos em área filológica. Entre elas a da tradução, nas suas diversas facetas, desde a prática, a acompanhar edição de texto, com a versão dele para vernáculo, história da tradução em período medieval até à definição do estatuto do tradutor. Especificamente, ao tema da tradução dedicámos vários ensaios desenvolvidos em momentos diversos:

  • S. Jerónimo, Carta a Pamáquio – Sobre a Tradução (Ep. 57), ed., trad., comentários por Aires A. Nascimento, Lisboa, Ed. Cosmos, 1995.
  • “Traduzir, verbo de fronteira nos contornos da Idade Média”, in Actas de I Colóquio da secção portuguesa da Associação Hispânica de Literatura Medieval, Lisboa, 1996.
  • “Traduzir, verbo de fronteira nos contornos da Idade Média”, in O género do texto medieval, Lisboa, 1997, pp. 113-138.
  • “Traduzir, verbo medieval: as lições de Bruni Aretino e Alonso de Cartagena”, Actas – II Congreso Hispánico de Latín Medieval (León, 11-14 Noviembre de 1997), León, 1998, vol. I, pp. 133-156.
  • “Os textos clássicos em período medieval: tradução como alargamento de comunidade textual”, in Raízes greco-latinas da cultura portuguesa – Actas do I Congresso da APEC, Coimbra, 1999, pp. 41-70.
  • “A Vita Christi de Ludolfo de Saxónia, em português: percursos da tradução e seu presumível responsável”, Euphrosyne, 29, 2001, 125-142.
  • “O estatuto do tradutor : de mediador cultural a intérprete do texto (condições históricas com reflexões de permeio)”, in A Profissionalização do Tradutor – VI Seminário de tradução científica em língua portuguesa (Lisboa, 10 e 11 de Novembro de 2003), Lisboa, FCT / União Latina, 2004, pp. 131-142.
  • “A Bíblia em português: entre estar e dizer, as aporias de um percurso”, Igreja e Missão, 207, 2008, 3-52;
  • “Dizer a Bíblia em português: fragmentos de uma história incompleta”, Revista Lusófona de Ciência das Religiões – A Bíblia e suas edições em Língua Portuguesa (no 200º Aniversário da primeira edição bíblica em português da Sociedade Bíblica / 1809-2009), Lisboa, Ed. Universitárias Lusófonas / Sociedade Bíblica, 2010, pp. 7-58.
  • “Para a memória cultural europeia: da variedade de línguas à comunidade de textos”, Butlletí de la Reial Acadèmia de Bonnes Lletres de Barcelona, 54, 2013-2014, pp. 29-56 = Barcelona, 2016.

Propomo-nos agora abordar o problema da tradução no scriptorium de Alcobaça e ultrapassar incertezas que a consulta directa aos manuscritos procuram ultrapassar. Por se relacionarem com o tema em causa, apraz-nos mencionar dois Grandes Prémios de Tradução que galardoaram um trabalho de tradução: Thomas Morus, Utopia, edição crítica, tradução e comentário, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2006 – Prémio de Tradução pela União Latina / FCT, 2007, e Prémio de Tradução do PEN Clube Português: 2007. Em edição de outros textos, no mesmo plano de Tradução, recebemos Menção Honrosa de Grande Prémio de Tradução, pela União Latina / FCT.

Data: 29 de Setembro, 2018 [sessão adiada para data a comunicar brevemente]
Local: Alcobaça, Mosteiro de Alcobaça, Sala das Conclusões (entrada livre)