A primeira sessão do ciclo Manuscritos de Alcobaça II decorrerá no dia 9 de março, e conta com as conferências de Teresa Lança Ruivo (Biblioteca Nacional de Portugal) e Catarina Fernandes Barreira (Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa).

1ª Conferência:
“Recuperação do passado para uma leitura no futuro – Uma intervenção de conservação. Alcobacense 166”, por Teresa Lança Ruivo (BNP)

A intervenção de conservação no manuscrito em pergaminho [COLECTÁRIO SEGUNDO O RITO CISTERCIENSE] foi ocasionada pelo projecto de digitalização de todos os manuscritos da colecção de códices alcobacenses existentes na Biblioteca Nacional de Portugal.

O estado de conservação do Alc. 166 não permitia a sua digitalização porque várias secções do corpo do livro formavam blocos porque os fólios que os compunham se encontravam colados entre si. Também a grave deformação física que o manuscrito apresentava bem como zonas de grande fragilidade não permitiam uma correcta visualização dos fólios nem um manuseamento seguro. A intervenção de conservação nos 153 fólios que ainda decorre tem vindo a incidir num programa de conservação curativa cujo principal objectivo é a estabilização física do suporte em pergaminho para que possa ser digitalizado e obter-se, assim, imagens de qualidade que permitam a sua leitura sem recorrer ao original.

2ª Conferência:
“No coração da liturgia monástica: os colectários de Santa Maria de Alcobaça”, por Catarina Fernandes Barreira (IEM-NOVA FCSH)

A presente comunicação parte da análise de quatro manuscritos litúrgicos, colectários com origem no scriptorium do Mosteiro de Sta. Maria de Alcobaça, datados entre os finais do século XII e 1442. É nossa intenção reflectir sobre o seu conteúdo, sobre a sua decoração iluminada, a articulação desta com o texto e, por fim, com o contexto de produção dos quatro códices.