PTDC/EPH-HIS/4323/2012

Unidade de Investigação: IEM-FCSH/NOVA
Unidade de Investigação associada: CEG

Investigadora responsável: Adelaide Millán da Costa
Equipa de investigação: António Manuel Hespanha, Fernando Pinto da Rocha, Filipa Roldão, Jorge Trindade, José Subtil, Luís Miguel Duarte, Maria Helena da Cruz Coelho, Mário Farelo, Marta Gonçalves, Nuno Camarinhas e Vitor Rocio
Bolseiros de investigação: Diogo Nuno Machado Pinto Faria e Nuno Filipe Moura Rodrigues
Duração: 2013-2014

Este projeto pretende desmontar o processo pelo qual a coroa institui, de forma sistemática e permanente, a nomeação de juízes de fora letrados para os concelhos de maior importância, no reino de Portugal. Para tanto, identifica um corte temporal, correspondente grosso modo ao século XVI, que esteve até agora omisso na investigação. Os motivos desta ausência prendem-se com as divisões “de terreno” entre medievalistas e modernistas que acabam por estabelecer barreiras temporais nos estudos, menosprezando os períodos charneira. E, como é óbvio, a evolução paulatina da ordem jurídica e do funcionamento das instituições, ao longo do Antigo Regime, não se coadunam com cortes historiográficos artificiais.

Nestas circunstâncias, o projeto é inovador porque congrega especialistas das Época Medieval e Moderna, não para se aliarem numa pesquisa desenvolvida na long durée (sem abandonarem as respetivas cronologias, quanto muito aplicando uma grelha de análise similar) mas para partilharem a investigação de um curto período, um século, que é considerado em termos de evolução do aparelho judicial da coroa “terra de ninguém”. O projeto beneficia, ainda, do concurso de geógrafos especializados em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), com o propósito de permitir acompanhar, em termos gráficos, a existência de alguma lógica espacial ou de tempos específicos no avanço da nomeação de juízes de fora.

Marcador do projecto (divulgação em inglês)