Contar a História de Portugal culmina pela primeira vez na Idade Média
Os 25 volumes da coleção Portugal, uma retrospectiva serão publicados em 2019. Medievalistas do IEM participam em três volumes que vão estar disponíveis a partir de outubro
A nova coleção a publicar em 25 volumes sobre a História de Portugal, dirigida pelo historiador Rui Tavares, tem a particularidade de ser publicada de ordem inversa, da frente para trás, contando a História no tempo e, também, proporcionando ao leitor uma nova leitura pelo modo de fazer a história, para que compreenda a escassez de fontes quanto maior for o recuo cronológico.
Para além de contar a História nesta “retrospectiva única”, segundo o Director da coleção, “cada livro concentra-se num ano de viragem da história de Portugal ou um ano significativo, um ano que nos permite ter um novo olhar sobre a época”. Assim, em Portugal, uma retrospectiva, a História de Portugal culmina na Idade Média para depois recuar até ao século V.
Maria de Lurdes Rosa, docente e membro integrado no Instituto de Estudos Medievais (IEM) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigadora principal do projecto ERC VINCULUM, foi convidada pelo diretor da obra para o volume dedicado a 1385, tendo ainda auxiliado na preparação de dois outros volumes da época medieval, 1179 e 1290, efectivados de seguida com a colaboração direta de Miguel Gomes Martins e de Mário Farelo.
A concretização dos volumes agregou outros membros do IEM: Giulia Rossi Vairo, Iria Gonçalves, Joana Ramôa Melo, e Tiago Faria, bem como investigadores portugueses e brasileiros de diversas instituições, nomeadamente: António Castro Henriques, Judite Freitas, Filomena Coelho, Leandro Rust, Manuel Pedro Ferreira, Maria do Rosário Morujão e Saul António Gomes. O desafio inicialmente lançado por Rui Tavares ao jornal PÚBLICO e à editora Tinta da China, com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos, tornou possível este projeto original para publicar em 25 livros inéditos e exclusivos, a cargo de uma geração de historiadores com uma visão metodológica e científica atual.