O trabalho sério e rigoroso que tem vindo a ser levado a cabo nos últimos anos, durante os anteriores e presente Projetos Estratégicos (2010-2013-4/2015-2018/2019), na ligação da investigação com o mundo académico, nacional e estrangeiro, com as instituições de cultura/património e municípios, e na articulação com a sociedade civil, foi recompensado durante o final de 2018 e o ano de 2019 com múltiplos resultados bem sucedidos.

É com orgulho que podemos olhar para os resultados da investigação  científica levada a cabo pelas nossas equipas, e verificar que o rigor da investigação realizada e a preocupação na internacionalização do trabalho dos nossos investigadores se reflete numa produção científica numerosa e de qualidade, conhecida e reconhecida, a todos os níveis, dentro e fora de Portugal.

Ao longo do último ano, o Instituto de Estudos Medievais mereceu receber da FCT aprovação em três dos onze projectos nacionais de investigação científica propostos a concurso, nas áreas da História de Arte, Literatura e História (dois como IR e um como entidade participante), o que nos permitiu contratar mais dois investigadores doutorados que integraram as nossas equipas.

Contratámos ainda onze investigadores doutorados ao abrigo da norma transitória ao abrigo do Decreto-Lei 57/2017, dois dos quais como docentes a meio tempo da FCSH e somos instituição de acolhimento de mais um Investigador contratado ao abrigo do programa de Estímulo Científico Individual FCT. Já no final de julho, alcançámos da FCT mais duas bolsas de doutoramento para doutorandos do IEM.

As colaborações institucionais que temos foram aprofundadas, com destaque para as atividades que temos com o Mosteiro da Batalha, a Câmara de Castelo de Vide e o Mosteiro de Alcobaça, com quem iniciámos novas e entusiasmantes atividades que estreitam os laços que já nos uniam e que nos permitem promover os Estudos Medievais em ambientes e meios –com os consequentes resultados e impactos- anteriormente intocados. Os projetos que temos para os próximos anos permitem-nos olhar com optimismo para estas parcerias tão profícuas.

Demos formação profissional a grupos profissionais específicos, como guias turísticos ou técnicos autárquicos responsáveis pela cultura e turismo e promovemos a nossa investigação junto de públicos como os professores do Ensino Secundário ou o grande público  em geral, em cursos livres com muito sucesso e com um impacto mensurável.

Da colaboração com o Arquivo Municipal de Lisboa e com a Torre do Tombo, resultaram diversos outputs, mas a exposição sobre a produção de bens alimentares em Lisboa “Pão, Carne e Água na Lisboa Medieval”, foi talvez um dos mais mediáticos deste ano académico que agora fecha. A adesão do público e a crítica nacional e internacional permitem-nos falar de uma missão bem realizada!

A colaboração com os Laboratórios REQUIMTE (NOVA FCT) e HÉRCULES (UÉvora) permitiu enriquecer a investigação que realizamos  com tonalidades e perspetivas de investigação inovadoras e muito promissoras, algo que é compartilhado pela área de Arqueologia Medieval, cujo trabalho, escavações e análises, difundidas  pelas nossas equipas nos encontros e congressos que decorreram ao longo do ano, também promete um nível de inovação muito relevante.

A Medievalista online continuou a sair regularmente, obedecendo a todos os critérios de qualidade, em dois números excelentes.

Entre setembro de 2018 e julho de 2019 realizámos dezenas de encontros científicos de diversa índole, dos grandes congressos Internacionais aos workshops mais especializados ou às Masterclass mais restritas, tentando ir ao encontro dos anseios e das necessidades de estudantes e investigadores de todos os níveis. Na senda do que se faz todos os anos, os Ateliers de iniciação à Investigação e de Investigação permitem integrar estudantes de todos os níveis do ensino nos projetos a decorrer no IEM e integrá-los nas nossas atividades, de molde a criar neles hábitos de investigação.

O final de 2018 deu corpo a uma ambição há muito perseguida, mas até então não alcançada, a de ganhar um projeto europeu. O Projeto VINCULUM. Entailing Perpetuity: Family, Power, Identity. The Social Agency of a Corporate Body (Southern Europe, 14th-17th Centuries), liderado por Maria de Lurdes Rosa, mereceu receber a primeira ERC Consolidator em História Medieval, em Portugal e projetar o trabalho realizado no âmbito do IEM ao nível das prestigiadas agências europeias de investigação.

A juntar-se a esta boa notícia, veio outra igualmente auspiciosa, a de termos também estado na equipa vencedora de uma Acção COST, com o projecto Islamic Legacy: Narratives East, West, South, North of the Mediterranean (1350-1750). Uma das nossas investigadoras, Alicia Miguélez, foi eleita como Vice-Chair, acrescentando também a projeção e reconhecimento do trabalho realizado no IEM.

A este protagonismo como IR de projecto europeu, juntam-se os mais de 30 investigadores do IEM que continuam a colaborar e participar como investigadores individuais ou mesmo, num caso, como IR, em projetos financiados por  fundações ou agências internacionais, bem como em outras duas acções COST nas quais o IEM também está presente.

O final do ano letivo, em julho de 2019, trouxe-nos a concretização de uma outra ambição, a do reconhecimento do IEM como uma UI merecedora da classificação de Excelente por parte da FCT, e da atribuição de um orçamento para 2020-23 que nos permitirá aprofundar a investigação e apoiar os investigadores de forma muito mais sustentada e ainda mais ambiciosa e exigente do que até agora.

É por tudo isto que fechamos este ciclo com grande entusiasmo, já prontos para o novo ano de trabalho que nos espera do lado de lá de agosto!

Boas férias a todos, bom descanso e até breve!