As pequenas vilas do Alto Alentejo fronteiriço à luz das experiências e reformas da malha judicial da coroa (séculos XV e XVI)
Todos temos em mente o arquétipo de um juiz de fora medieval e moderno: o primeiro, um agente da coroa enviado para o terreno, de forma episódica, quando a instabilidade e as tensões locais assim o exigem, e o segundo, um magistrado nomeado, de forma sistemática, para os centros populacionais mais importantes. A transição entre estes dois modelos é feita de modo paulatino, através de normas jurídicas e de ensaios práticos entre os séculos XV e XVI.
Nesta comunicação, propomo-nos abordar essa mudança, tendo por ponto focal o território do Alto Alentejo fronteiriço. Mas o nosso objetivo não se restringe aos mecanismos administrativos nem aos agentes régios. Em última instância, interessa-nos o contributo das experiências e reformas da coroa como variável para apreender os fluxos, os vínculos e as hierarquias entre as localidades da zona.
