A última sessão deste ciclo de seminários centra-se na preservação e no restauro da iluminura medieval, tendo como base as investigações coordenadas por Maria João Melo e Adelaide Miranda e, mais recentemente, Graça Videira Lopes.

Património histórico, artístico e literário de valor inigualável, o manuscrito iluminado é uma das mais originais expressões artísticas e culturais da Idade Média ocidental. A investigação levada a cabo tem mostrado que as obras enfrentam grandes desafios no que diz respeito à preservação. Se por um lado temos as cores originais, por outro os fenómenos de degradação requerem que se tomem medidas para que a iluminura medieval não desapareça. Será fundamental que as decisões tomadas resultem de uma reflexão aprofundada e de caráter interdisciplinar. Para tal, será necessário colocar, à partida, algumas questões: É imperioso restaurar as iluminuras? Como estabilizar as camadas pictóricas e as tintas de escrita? Qual o impacto dos tratamentos que propomos na nossa perceção das cores e na sua preservação futura?

Esta sessão parte dos exemplos do Pergaminho Sharrer – cuja intervenção de restauro se tornou polémica – e de alguns dos manuscritos iluminados da coleção de Calouste Sarkis Gulbenkian (Bíblia, LA211; Livro de Horas de Lamoignon, LA237 e Missal Acciaiuoli, LA236).

Esta sessão decorre no âmbito do ciclo seminários «Tesouros em Pergaminho – A coleção de manuscritos iluminados ocidentais de Calouste Sarkis Gulbenkian», resultado de uma parceria entre o Museu Calouste Gulbenkian e o Instituto de Estudos Medievais (IEM) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH).


Organização: Museu Calouste Gulbenkian; IEM-NOVA FCSH