PTDC/HAR-ARQ/6273/2020

Unidade de Investigação: IEM-NOVA FCSH
Instituições Participantes: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova; Universidade de Coimbra e Universidade Nova de Lisboa

Investigadores Responsáveis: Pedro C. Carvalho e Catarina Tente
Equipa de Investigação: Tomás Cordero Ruiz, Brais X. Currás, Ricardo Costeira da Silva, Adolfo Fernández, Patrícia Dias, José Cristóvão, Gabriel de Souza, Sofia Tereso, João Pedro Tereso, José Ruivo, Vera Pereira, Lídia Fernandes, Armando Redentor, Catarina Meira, Bruno Franco Moreno, Paulo Almeida Fernandes e Saul Gomes
Duração: 2017 – ativo

O projeto IGAEDIS – The historical village of Idanha-a-Velha: city, territory and population in ancient times (first century BC. – twelfth century AC), foi um dos três projetos em arqueologia que foi financiado no último concurso para projetos em todos os domínios científico da FCT (2020 Call for SR&TD Project Grants). O projeto resulta de uma parceria entre as Universidades de Coimbra, Universidade Nova de Lisboa, Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e Direção Regional da Cultura do Centro. O projeto agora financiado é liderado por Pedro C. Carvalho do CEIS 20/UC e por Catarina Tente do IEM /NOVA FCSH e reúne uma equipa multidisciplinar e internacional de diversas instituições nacionais e internacionais. A equipa em conjunto procurará dar continuar ao estudo da aldeia histórica de Idanha-a-Velha (concelho de Idanha-a-Nova), que foi outrora cidade capital (Romana), sede de bispado (Suevo-Visigodo) e ainda centro nevrálgico dos Templários. A Aldeia Histórica, Monumento Nacional, onde hoje vivem cerca de 50 pessoas, foi possivelmente o lugar mais importante do atual interior português, entre o Tejo e o Douro, ao longo de quase 1.200 anos. Nesta aldeia permanecem importantes monumentos do seu legado histórico.

O projeto procura alargar a escala de intervenção de um projeto anterior (2016-2019) e tem os seguintes objetivos: 1) caracterizar a evolução urbanística da cidade antiga e dos seus territórios na longa diacronia (desde o século I a.C. ao XII); 2) conhecer padrões de produção e consumo da cidade e território; 3) estudar as populações antigas que ali habitaram. Metodologicamente o estudo da cidade antiga alicerça-se num plano de escavações arqueológicas a levar a cabo na área dos principais espaços públicos e permitirão determinar contactos culturais/comerciais preferenciais e as produções e consumos de bens, quer alimentares quer de bens quotidianos. O estudo do território na longa duração centrar-se-à nas estratégias de povoamento e exploração dos recursos e será feito de forma sistémica e integrada, recorrendo-se à análise SIG, à teledeteção e à prospeção. 

O estudo das populações antigas será feito através da análise dos restos recuperados nas necrópoles, estando previsto o estudo antropológicos dos restos osteológicos bem como a sua análise química para aferir padrões alimentares e mobilidade, estando também prevista a extração e sequenciação de ADN.

Outro ponto forte é a divulgação e o retorno social do conhecimento. Importa envolver a população local, particularmente as escolas, em torno de um património que lhes pertence, contribuindo para o reforço da sua identidade e coesão social. 

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