Os Arquivos são locais de memórias, essenciais ao conhecimento e compreensão de um país, que se configuram em documentos de diferentes formatos, suportes e códigos, produzidos ao longo do tempo por diferentes técnicas e tecnologias, os quais o homem teve sempre a noção de que necessitava de preservar para garantir direitos, deveres ou apenas recordar, porque “recordar não é só viver, é viver bem” (Paulo Bertolucci).

A preservação da memória é assim, um dos corolários da gestão de arquivos, e que devido à grande produção documental, de alguma forma descontrolada, das últimas décadas, exige processos de avaliação, seleção e eliminação rigorosos que permitam identificar quais os conteúdos relevantes a descrever e preservar.

A preservação por sua vez exige às instituições grandes esforços, contando com a diversidade e complexidade de equipamentos necessários às diferentes áreas, recursos humanos especializados e atualizados para além de políticas de gestão que permitam a preservação de diferentes conteúdos, quer analógicos, quer digitais, a longo prazo.

Outro dos corolários dos Arquivos é a difusão, pois na era da globalização e imprescindível a afirmação da identidade de um povo. Difundir o património arquivístico, arquivo a arquivo, contribuindo para uma rede integradora e global, é a melhor forma de enriquecimento de um país e de acentuar a sua diferença, dando assim, o seu contributo democrático para uma História globalizante.

Esta sessão conta com a participação de Inês Correia (DGLAB/ANTT), Anabela Ribeiro (DGLAB/ANTT), Luís Pereira (conservador restaurador) e com a moderação de Maria de Lurdes Rosa (IEM-FCSH/NOVA).

Organização colab.: IEM-FCSH/NOVA; CHAM-FCSH/NOVA, UAc; IHC-FCSH/NOVA; Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas