A historiografia sobre a expansão asturo-leonesa pela Meseta do Douro sublinhou o protagonismo exclusivo desempenhado pela monarquia à hora de organizar o espacio e de impor a sua autoridade sobre as comunidades campesinas que perviveram à destruição do reino de Toledo. Não obstante, se trata duma perceção adulterada pela acentuação do enquadramento político régio e pela desconsideração das tendências particulares das entidades locais. Deste modo, nesta intervenção, pretendo grupar as iniciativas dos diferentes líderes altomedievais segundo o seu contexto de atuação para poder observar a inter-relação entre eles e delinear dinâmicas específicas com alterações espaciais e temporais.

Sobre o autor: Gonzalo J. Escudero Manzano. Licenciado em História pela Universidade de Salamanca e doutor internacional em História e Arqueologia pela Universidade Complutense de Madrid. A sua principal linha de trabalho trata sobre a formação, expansão e implantação do poder asturo-leonês sobre as comunidades rurais, com especial atenção ao papel dos delegados régios e dos representantes locais. Tem co-organizado diversos seminários de debate sobre os estudios medievales e participa em diferentes projetos de investigação sobre a sociedade campesina do noroeste peninsular ao longo do tempo. Atualmente está a estudar as relações da população da fronteira douriense altomedieval com o reino de Leão e com o califato de Córdoba graças a um contrato de ajuda para a recualificação do sistema universitário espanhol financiado pelo Ministério de Universidades de Espanha.